O Blog Fonoaudiologia em Diálogo busca aproximar e informar pais, pedagogos, psicopedagogos, professores e profissionais da saúde sobre questões relacionadas à fonoaudiologia que permeiam o ambiente escolar. Afinal, juntos, podemos promover a saúde da comunicação do aluno e do professor de maneira mais preventiva e satisfatória!
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quarta-feira, 18 de maio de 2011

FONOAUDIOLOGIA E EDUCAÇÃO

              O fonoaudiólogo atua nas áreas de linguagem, audição, motricidade orofacial e voz. Analisando com cuidado estas áreas de atuação, pode-se entender o quão importante é a presença deste profissional auxiliando e orientando pais e educadores. Afinal, é a linguagem que possibilita a aprendizagem. A  audição, por sua vez,  possibilita a linguagem, a motricidade e a voz possibilitam  a fala e assim seguimos nesta teia fonoaudiológica de interdependência. 
              Partindo dessa premissa: "A linguagem  possibilita a aprendizagem!" Faço a seguinte pergunta: Poderia um professor de matemática, por exemplo, ensinar sem linguagem? É claro que não. Quantas vezes ouvimos e vemos alunos com dificuldades não no cálculo, mas na linguagem matemática? Muitos não conseguem interpretar os problemas. João tinha duas balas e ganhou duas de seu avó. "E agora? Não tem sinal de mais (+) ou de (-)! Como fazer essa conta?" Cito este exemplo, simplesmente para ilustrar a importância de um bom desenvolvimento linguístico para o desenvolvimento educacional da criança e do adolescente.
              Vamos falar agora de uma das fases mais importantes da vida educacional da criança. O período de alfabetização. Que aspectos são fundamentais para aquisição da leitura e da escrita? São muitas as questões envolvidas nestes processos, mas vou citar apenas uma delas. A criança em condições normais de aprendizagem se apoia na oralidade para relacionar os sons com suas respectivas letras (relação fonema-grafema). E se essa criança "fala errado", como o cebolinha? Provavelmente ela irá escrever como fala. Por isso, aproveito para comunicar os "educadores de plantão" que até os cinco anos de idade alguns tipos de trocas na fala são perfeitamente normais, mas a partir dos seis anos, quando realmente a criança entre no 1º ano do ensino fundamental e a alfabetização ocorre, ela deverá falar sem trocas para acompanhar o processo de alfabetização.
             Concluo esta breve introdução sobre a fonoaudiologia e sua relação com a educação informando sobre um novo papel que desempenha o fonoaudiólogo na escola. Uma função de fundamental importância ainda pouco explorada pelas escolas brasileiras: o papel de consultor. O fonoaudiólogo poderá prestar consultoria/assessoria dando orientações sobre, por exemplo, o desenvolvimento normal da linguagem.

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