O Blog Fonoaudiologia em Diálogo busca aproximar e informar pais, pedagogos, psicopedagogos, professores e profissionais da saúde sobre questões relacionadas à fonoaudiologia que permeiam o ambiente escolar. Afinal, juntos, podemos promover a saúde da comunicação do aluno e do professor de maneira mais preventiva e satisfatória!
COMUNICAÇÃO NÃO É UM DOM! É UM DIREITO DE TODOS!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

VOCÊ SABIA...? PARTE II

  • que a criança que fala errado pode ter dificuldades de aprender a ler e escrever?
  • que quem lê bem escreve melhor?
  • que ler muito devagar pode ser sinal de um problema de aprendizagem?
  • que dificuldades com a matemática podem estar relacionadas com problema de leitura?
  • que a criança pode saber ler e não entender o que leu?
  • que infecções de ouvido no bebê podem prejudicar a fala?
  • que crianças com infecções frequentes de ouvido podem ter dificuldades escolares?
  • que o teste da orelhinha identifica a surdez e é um direito de todos os brasileiros?
  • que há aparelhos de audição do tamanho de um feijão?
  • que som alto no fone de ouvido pode causar surdez?
  • que ambientes ruidosos podem causar rouquidão ou surdez?
  • que dentes toros podem causar problemas de mastigação e de fala?
  • que rouquidão por mais de 15 dias pode ser um problema sério?
  • que rouquidão nas crianças não é bonitinho e nem normal?
  • que respirar pela boca pode causar problemas na fala e voz?
  • que professores faltam 5 dias de trabalho por ano por problemas de voz?
Texto retirado do folder da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia em comemoração aos 30 anos de regulamentação da profissão!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

VOCÊ SABIA...? PARTE I

  • que brincar, sorrir, trocar olhares e gestos com bebês antes de um ano é uma maneira importante de comunicação?
  • que problemas de atenção e memória podem prejudicar a comunicação?
  • que o trabalho do fonoaudiólogo com o autista melhora sua vida na família, na escola e na sociedade?
  • que crianças com déficit de atenção/ hiperatividade podem apresentar dificuldades de comunicação e também problemas escolares?
  • que o fonoaudiólogo é essencial no diagnóstico e tratamento da dislexia?
  • que aos 4 anos uma criança já fala a maioria dos sons de sua língua?
  • que uma criança pode ouvir, mas não entender o que escutou?
  • que ao redor de 3 anos uma criança conhece mais de 500 palavras e é capaz de contar pequenas histórias?
  • que existe tratamento para os problemas de comunicação depois de um derrame?
  • que 60% dos jovens que sobrevivem aos acidentes de trânsito ficam com problemas da fala?
  • que uma pessoa que não tenha condição de falar pode desenvolver outras formas de se comunicar?
  • que problemas de fala não tratados na infância podem persistir na idade adulta?
  • que pessoas que gaguejam são alvo de preconceito e violência constantes?
  • que gagueira tem tratamento?
  • que pessoas com problemas de comunicação podem ser injustamente julgadas como menos competentes?
  • que para se conseguir uma promoção no trabalho ou um cargo de chefia pode ser fundamental ter uma boa comunicação?
  • que quem se comunica melhor tem mais chance de sucesso na vida, na escola e no trabalho?

Texto retirado do folder da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia em comemoração aos 30 anos de regulamentação da profissão!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

AOS FONOAUDIÓLOGOS COM CARINHO- 9/12

Este mês a fonoaudiologia completou 30 anos de regulamentação da profissão! Toda essa movimentação, mensagens e ligações de parabéns e ver tanta gente orgulhosa por fazer parte dessa classe me fez parar pra refletir sobre o que é ser fonoaudiólogo!
Parei pra pensar como eu não conseguiria ser diferente. Não tenho perfil pra ser artista ou modelo, nem pra funcionalismo público! rsrs Salas de escritório nunca foram o meu forte! Passei pela educação, pela pedagogia, mas ainda queria mais! Quando cheguei na fonoaudiologia ...me apaixonei! Sim, esta é uma profissão apaixonante! Ter recursos pra reestabelecer a fala, dar voz a alguém, fazer ouvir e entender o que se ouve! Ahhhh é linda demais!  As vezes não entendemos como tudo isso é precioso!


 Quando eu começo a perder as esperanças que o tratamento de minha paciente vai dar resultados...depois de 4 meses de terapia com ela que teve 4 AVEs, usa prótese auditiva nas duas orelhas, aprendeu a escrever com a mão esquerda devido às sequelas, a família não apoia muito... Sim, as dificuldades e limitações são enormes... mas quando ela consegue dizer "Tá", sim, quando essa simples palavra, que aliás é uma das poucas que ela fala, é pronunciada pela boca... quando ela se debulha em lágrimas por conseguir este simples monossílabo, é que eu entendo meu amor por essa profissão que tanto me encanta! Hoje quando pergunto: "Sua neta está bem?" ela responde "Tá" e nessa possibilidade, na simplicidade desse monossílabo, é que mora minha alegria de ser fonoaudióloga!
Deixo aqui os meus parabéns a todos os fonoaudiólogos e pessoas que admiram esta profissão tão maravilhosa e apaixonante!!!

domingo, 4 de dezembro de 2011

DIFICULDADES COM A LEITURA E A ESCRITA

 Para aprendermos a ler e a escrever precisamos compreender que a escrita do português se baseia no sistema alfabético. Mas o que isso significa? As letras representam sons e é por isso que mesmo quando nos deparamos com uma palavra nova conseguimos ler sem problemas. Para aprender a ler precisamos estabelecer a relação entre a letra e seu respectivo som, a isso denominamos  relação fonema-grafema. A dificuldade pode aparecer quando a criança se depara com vários sons para uma mesma letra ou quando o mesmo som pode ser representado graficamente de diversas maneiras. Por exemplo, a letra C possui sons diferentes nas palavras casa e cipó, na segunda palavra ocorre som do S. Entender que a escrita não é exatamente o espelho da fala é mais um desafio na aquisição deste processo Sabemos que muitas crianças apresentam dificuldades seja no traçado da letra, seja na relação da letra e do som ou as vezes a criança consegue decodificar, isto é, fazer a relação fonema-grafema de maneira adequada, mas não ocorre a compreensão do que foi lido. Estas crianças podem ter um distúrbio específico de leitura e escrita como a dislexia, a disortografia ou a disgrafia. 
A DISORTOGRAFIA nada mais é que uma escrita com excessivos erros ortográficos e a DISGRAFIA está relacionada com os aspectos da grafia das palavras, neste último caso nos referimos àquela letra garrancho as vezes até ilegível. Se você conhece alguém com dificuldades escolares procure um fonoaudiólogo para uma avaliação! 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

GAGUEIRA

       A gagueira é um distúrbio da fluência, geralmente inicia nos primeiros anos de vida e persiste de maneira crônica até a vida adulta.
       Se seu filho ou aluno repete sílabas, prolonga sons, faz bloqueios enquanto fala ou busca apoio no corpo para tentar fazer com que a palavra saia (pressiona os  lábios, bate o pé, aperta a mão, pisca forte...) ele pode ter a gagueira do desenvolvimento persistente.
       Vale à pena lembrar que nestes casos a gagueira não é causada por problemas emocionais, mas ela pode gerar problemas psicológicos sérios e o trabalho conjunto da fonoaudiologia e da psicologia será fundamental.
       Com o auxílio de um fonoaudiólogo, estes indivíduos tomam consciência do seu problema e aprendem a utilizar técnicas que tornam a fala mais fluente, independente da idade em que iniciem o tratamento. 

DICAS PARA PROFESSORES
  • Crianças são uns amores, mas também sabem ser cruéis. Um dentinho torto aqui, uma gordurinha a mais ali e já está  a classe toda “zoando”. Infelizmente, às vezes essa brincadeira toma proporções perigosas levando a consequências emocionais e até agressões físicas. É o bullying, e a gagueira não fica de fora!
  • Muitas crianças que gaguejam conseguem ler em voz alta sem gaguejar quando a leitura é realizada em uníssono. Então, para incluir esta criança nas atividades de leitura sem constrangê-la ou colocá-la em situações difíceis, o professor poderá fazer leituras em dupla na sala não só com a criança que gagueja, mas com as demais também para não haver discriminação
  • Quanto maior o número de palavras ditas, maiores são as chances da criança gaguejar. Então o professor poderá fazer perguntas na sala que demandem poucas palavras na resposta, diminuindo, desta forma, a probabilidade da criança gaguejar na frente da classe, mas possibilitando que ela participe como as demais.

terça-feira, 7 de junho de 2011

DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR

     Aos papais, mamães e educadores de plantão! Essa postagem traz um pouco sobre o que é a psicomotricidade, como ela pode interferir no desenvolvimento da linguagem e alguns dos principais marcos do desenvolvimento psicomotor infantil. 
    Segundo a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, chamamos de psicomotricidade a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Ela está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. 
     A psicomotricidade está intimamente ligada ao desenvolmimento da linguagem oral e escrita, afinal, também nos comunicamos com o corpo. No desenvolvimento da fala, por exemplo, o corpo desempenha papel fundamental neste processo, pois é através de seu corpo que a criança descobre o mundo. Vale a pena lembrar que antes mesmo da criança falar, já brincamos e conversamos com elas com brincadeiras como: "Cadê o nariz do neném?" "Cadê o cabelinho do neném?" ou até mesmo na hora do banho: "Cadê o pezinho para eu lavar?".
     Uma outra questão que deve ser levada em consideração é que a criança precisa de espaço para brincar, engatinhar, andar, correr, pular, andar de bicicleta... isto é, explorar o seu corpo em movimento no espaço. Cair de vez em quando faz parte, pois a criança vai aprendendo, com o tempo e com a experimentação, a manter seu equilíbrio dinâmico (em movimento) e estático (parada) e a coordenar estes movimentos.
    Um outro exemplo da importância da psicomotricidade é na aprendizagem da escrita. Crianças que não tiveram um bom desenvolvimento psicomotor podem desenvolver o que denominamos de disgrafia, que seria de forma bem simples, aquela letra feia ou aquele garrancho difícil de se ler. Nesses casos a fonoaudiologia deverá trabalhar os aspectos psicomotores da crianças para melhorar sua comunicação escrita. Futuramente, farei postagens sobre distúrbios de leitura e escrita como a disgrafia. 
     Segue, então, alguns dos importantes aspectos do desenvolvimento psicomotor infantil, retirados do livro "Perfil Psicomotor - Um olhar para além do desempenho" das autoras Vera Mattos e Aline Kabarite. As informações estão em meses. É importante ressaltar que os aspectos psicomotores são muitos e são observados desde a maternidade, com os reflexos relacionados ao aleitamento materno como a sucção. Por uma questão de espaço e para simplificar, escolhi alguns momentos do desenvolvimento global que ao meu ver são cruciais.

  4 - 8 meses - Senta-se sozinho momentaneamente
  5 - 9 meses - Senta-se sozinho com firmeza
  5 - 12 meses - Apóia (puxa-se) para ficar em pé
  6 - 12 meses - Fica em pé apoiando-se na mobília
  6 - 12 meses - Movimentos do caminhar
  7 - 12 meses - Caminha com auxílio
  9 -16 meses - Fica em pé sozinho
  9 - 17 meses - Caminha sozinho
11 -20 meses - Caminha de costas
12 - 23 meses - Sobe escadas com ajuda
13 - 23 meses - Desce escadas com ajuda
17 -30 meses - Pula com ambos os pés saindo do chão

domingo, 5 de junho de 2011

VYGOTSKY E O DESENVOLVIMENTO HUMANO

    Vygotsky foi o fundador da psicologia histórico-cultural e durante sua carreira dedicou-se às questões relacionadas ao desenvolvimento humano como: as funções mentais superiores, a cultura, a linguagem, os processos orgânicos cerebrais, os distúrbios da aprendizagem e da linguagem, áreas estas de grande interesse do meio fonoaudiológico. Sendo assim,  esta postagem tem como objetivo descrever de forma breve algumas ideias de Lev Vygotsky.
  • Ele afirma que as características humanas do indivíduo não estão determinadas pelo nascimento e sim pelo resultado da interação do bebê com seu meio histórico-social. Desta forma, através da vivência em sociedade, este novo ser vai transformando o meio para atender às suas necessidades e a sociedade também o transforma. Basta lembrarmos das crianças-lobo que não agiam como humanos.
  • Não são só as características humanas que dependem desta interação, as funções psicológicas também. O desenvolvimento mental depende do desenvolvimento social e histórico e, portanto, está sujeito à interação do homem ao meio físico e social.
  • Vygotsky entende o cérebro como  um sistema plástico, passível de mudanças de acordo com as experiências vividas. Ele crê que há uma relação entre a dimensão biológica (como os processos de maturação cerebral e os mecanismos sensoriais) e os aspectos sócio-culturais.
  • As atividades humanas são caracterizados pela capacidade de mediação . A mediação ocorre através dos instrumentos e dos sistemas de signos e são estes instrumentos e sistemas que tornam possível a interação dos homens com outros homens e com o meio. Um exemplo de signo mediador é a linguagem. É através dela que nos comunicamos e transmitimos conhecimentos prévios.
   Vygotsky afirma através de sua teoria que somos diferentes dos animais. Os animais comportam-se de acordo com o instinto e suas experiências imediatas e individuais de adaptação ao meio. O animal, diferente do homem, é incapaz de transmitir experiências vividas ou aprender com outros da mesma espécie. Michael Tomasello sugere que isso se dá devido ao fato de que apenas os seres humanos entendem seus co-específicos como agentes intencionais, portanto, nos envolvemos numa aprendizagem cultural. As crianças por volta dos 9 meses começam a partilhar atenção com seus cuidadores. A partir desse estágio do desenvolvimento, o bebê começa a imitar e aprender com seus semelhantes. Para Tomasello, o que difere o Homem no âmbito cognitivo dos outros animais é esta capacidade denominada de atenção conjunta. É então a partir daí que as crianças seguem adiante no desenvolvimento com outras "conquistas" psicomotoras, de comunicação e aprendizagem.

Depois de tudo o que aqui foi lido e escrito, com certeza, como fonoaudióloga, me agarro às idéias de Vygotsky e defendo a teoria de Tomasello. Acredito em uma sociedade formada de indivíduos dotados de capacidades de transmitir suas experiências socio-históricas para as gerações que chegam. Acredito no papel mediador do Homem no desenvolvimento e na reabilitação dos indivíduos. E mais do que isso, acredito e reflito sobre o meu papel como cidadã e fonoaudióloga engajada em comunicar meus conhecimentos e valores, afinal de contas, é  OBSERVANDO, COMUNICANDO E APRENDENDO que nos inserimos no meio sócio-cultural.

Esta postagem foi fundamentada nos conhecimentos adquiridos e transmitidos de Teresa Cristina Rego e Michael Tomasello nos seus respectivos livros: Vygostsky - Uma perspectiva histórico-cultural da educação e Origens Culturais da Aquisição do Conhecimento Humano. Deixo aqui meus agradecimentos aos autores.




quarta-feira, 18 de maio de 2011

O FONO NA ESCOLA

        De acordo com a Lei 6965, de 09/12/1981, que regulamenta a profissão, é de competência do fonoaudiólogo desenvolver trabalho de prevenção no que se refere à área da comunicação oral e escrita, voz e audição e também participar da equipe de orientação e planejamento escolar, inserindo aspectos preventivos ligados a assuntos fonoaudiológicos.



        Nas escolas é vedado ao fonoaudiólogo o atendimento clínico. O papel deste profissional nas instituições de ensino não é o de "patologizar" os alunos e sim assessorar a equipe da escola. O fonoaudiólogo só poderá realizar atendimento clínico em escolas especiais. Sua função primordial é de promover a saúde da comunicação através de um trabalho de prevenção. Este profissional irá transmitir e orientar os demais integrantes da equipe escolar sobre os conhecimentos específicos da sua área, utilizando diversos recursos como: palestras, pequenos cursos, oficinas e  outros.

Com os alunos, o trabalho fonoaudiológico tem os seguintes objetivos:
1. Otimizar o desenvolvimento da linguagem oral, leitura e escrita.
2. Conscientizar sobre hábitos inadequados que promovam riscos para a audição e voz.
3. Detectar precocemente, através de triagens,  alterações fonoaudiológicas relacionadas à audição, voz, motricidade orofacial e linguagem oral e escrita para desta forma prevenir futuras complicações.
4. Encaminhar para profissionais, quando necessário, e acompanhar os tratamentos externos à escola.

Objetivos da atuação com os professores
1. Orientar quanto aos cuidados com a voz e estratégias vocais para conservação da mesma.
2. Promover informações sobre alterações fonoaudiológicas, desenvolvimento normal da linguagem oral, leitura e escrita e educação inclusiva através de palestras e outras formas de comunicação.

3. Capacitar o profissional para observar indícios de possíveis alterações fonoaudiológicas que seus alunos venham a apresentar.

No trabalho com os pais, o fonoaudiólogo realiza orientações sobre:

1. O desenvolvimento normal da criança e as alterações fonoaudiológicas comuns na infância.

2. A importância do estímulo familiar para o desenvolvimento da criança. 

3. O possível problema do filho e encaminhar para outros profissionais caso haja necessidade.


A resolução 309 de 2005, disponível no site do Conselho Federal de Fonoaudiologia dispõe sobre a atuação do fonoaudiólogo na escola. Quer ler a resolução na íntegra? Acesse: Resolução nº 309 - FONOAUDIOLOGIA ESCOLAR

FONOAUDIOLOGIA E EDUCAÇÃO

              O fonoaudiólogo atua nas áreas de linguagem, audição, motricidade orofacial e voz. Analisando com cuidado estas áreas de atuação, pode-se entender o quão importante é a presença deste profissional auxiliando e orientando pais e educadores. Afinal, é a linguagem que possibilita a aprendizagem. A  audição, por sua vez,  possibilita a linguagem, a motricidade e a voz possibilitam  a fala e assim seguimos nesta teia fonoaudiológica de interdependência. 
              Partindo dessa premissa: "A linguagem  possibilita a aprendizagem!" Faço a seguinte pergunta: Poderia um professor de matemática, por exemplo, ensinar sem linguagem? É claro que não. Quantas vezes ouvimos e vemos alunos com dificuldades não no cálculo, mas na linguagem matemática? Muitos não conseguem interpretar os problemas. João tinha duas balas e ganhou duas de seu avó. "E agora? Não tem sinal de mais (+) ou de (-)! Como fazer essa conta?" Cito este exemplo, simplesmente para ilustrar a importância de um bom desenvolvimento linguístico para o desenvolvimento educacional da criança e do adolescente.
              Vamos falar agora de uma das fases mais importantes da vida educacional da criança. O período de alfabetização. Que aspectos são fundamentais para aquisição da leitura e da escrita? São muitas as questões envolvidas nestes processos, mas vou citar apenas uma delas. A criança em condições normais de aprendizagem se apoia na oralidade para relacionar os sons com suas respectivas letras (relação fonema-grafema). E se essa criança "fala errado", como o cebolinha? Provavelmente ela irá escrever como fala. Por isso, aproveito para comunicar os "educadores de plantão" que até os cinco anos de idade alguns tipos de trocas na fala são perfeitamente normais, mas a partir dos seis anos, quando realmente a criança entre no 1º ano do ensino fundamental e a alfabetização ocorre, ela deverá falar sem trocas para acompanhar o processo de alfabetização.
             Concluo esta breve introdução sobre a fonoaudiologia e sua relação com a educação informando sobre um novo papel que desempenha o fonoaudiólogo na escola. Uma função de fundamental importância ainda pouco explorada pelas escolas brasileiras: o papel de consultor. O fonoaudiólogo poderá prestar consultoria/assessoria dando orientações sobre, por exemplo, o desenvolvimento normal da linguagem.

domingo, 15 de maio de 2011

SAÚDE VOCAL

A voz é o instrumento de trabalho de muitos profissionais como: professores, cantores, locutores, operadores de telemarketing, vendedores e outros. Para estes profissionais, os cuidados com a voz são imprescindíveis para a manutenção e regularidade de seus empregos. A utilização incorreta desse instrumento de trabalho pode levar ao aparecimento de alterações na qualidade de sua voz. É de extrema importância que os profissionais destas áreas tomem algumas atitudes preventivas e para tal podem procurar um fonoaudiólogo para obterem informações sobre como cuidar, preservar e melhorar a qualidade vocal. Caso a rouquidão ou alteração vocal já esteja instalada, procure um profissional da área da saúde para avaliação e um fonoaudiólogo para receber orientação e terapia adequada.

DICAS PARA CUIDAR DA SUA VOZ:
  • Beba bastante água na temperatura ambiente;
  • Não grite e evite falar em locais com muito ruido;
  • Evite ingerir bebidas e alimentos gelados ou muito quentes;
  • Evite o uso de cigarros, bebidas e outras drogas;
  • Beba água para tentar evitar o pigarro e a tosse;
  • Use roupas leves e confortáveis para deixar livres as estruturas da respiração;
  • Não utilize a voz profissionalmente em jejum. Alimente-se bem!
  • Coma alimentos leves e evite refrigerantes;
  • Beba sucos cítricos se não tiver problemas gástricos;
  • Evite chocolates, café e outras bebidas escuras antes e durante sua jornada de trabalho;
  • Coma maçã!

Quer saber o motivo dessas atitudes auxiliarem na saúde vocal?
Quer fazer ainda mais pela sua voz?
Saiba como contratar uma palestra sobre saúde vocal enviando um e-mail para: fga.robertaangelo.rj@gmail.com ou deixe seu e-mail ou telefone como comentário que entraremos em contato em breve.


FIQUE DE OLHO!!!


Você tem a voz rouca?
Tem que se esforçar para ser ouvido?
Fala muito rápido ou muito devagar?
Tem a garganta seca?
Apresenta falhas na voz?
Cansa ao falar?
Fica rouco com frequência?
Fica com a veias do pescoço altas ao falar?
Tem a voz aguda ou fina demais?
Reclama de dor ou ardor na garganta?


PROCURE UM FONOAUDIÓLOGO!





CAMPO DE ATUAÇÃO DO FONOAUDIÓLOGO

O fonoaudiólogo poderá atuar em diversos locais como consultórios, empresas, instituições públicas, creches, clínicas multidisciplinares, hospitais, maternidades, postos de saúde, home-care, emissoras de rádio e televisão, teatros e, é claro, escolas. Apesar do foco deste blog ser a atuação no âmbito escolar, listo aqui algumas das possibilidades da atuação do fonoaudiólogo de maneira mais generalizada e em breve, farei uma postagem sobre a atuação deste profissional na escola.

  • Alterações da fala, leitura, escrita e aprendizagem;
  • Teste da orelhinha;
  • Dificuldades em recém-nascidos para sugar e/ou engolir;
  • Orientar sobre e estimular o desenvolvimento da linguagem infantil;
  • Alterações vocais;
  • Gagueira;
  • Indicação e adaptação de aparelhos auditivos;
  • Avaliação audiológica;
  • Reequilíbrio da musculatura de face, lábios e língua no tratamento ortodôntico;
  • Sequelas de AVC e outras de origem neurológica;
  • Dificuldade de mastigar ou engolir alimentos, principalmente em idosos;
  • Assessoria e ações socioeducativas em escolas e empresas promovendo orientações de caráter preventivo às alterações auditivas, da linguagem oral e escrita e de voz;
  • Outros...

FONOAUDIOLOGIA: O QUE É?

A fonoaudiologia é a profissão da área da saúde que atua nas áreas de promoção, proteção e recuperação da comunicação humana, no que se refere ao seu desenvolvimento, aperfeiçoamento, distúrbios e diferenças. Aborda os aspectos envolvidos nas funções auditiva periférica e central, vestibular (equilíbrio), cognitiva, na linguagem oral e escrita, na fala, na fluência, na voz, nas funções orofaciais e na deglutição, em indivíduos de qualquer idade. Cuide-se!